A taxa de câmbio — o valor do dólar em reais — desempenha um papel central na composição de carteiras. E isso se estende tanto a ações quanto a títulos de renda fixa. Compreender como essa oscilação impacta os investimentos ajuda a orientar escolhas e reduzir riscos inesperados.
Ações: lucros atrelados ao câmbio
Empresas exportadoras ganham quando o real se desvaloriza: ao converterem receitas em dólar, são beneficiadas pela paridade cambial mais favorável, o que pode acarretar valorização de suas ações
Por outro lado, companhias que dependem de importações veem suas margens pressionadas com o dólar alto, o que afeta negativamente seus papéis.
Renda fixa: efeito indireto mas decisivo
Variações cambiais provocam fluxos de capital: saída de recursos diante de incertezas globais pressiona o real para baixo, e o Banco Central tende a elevar a Selic para conter a inflação e estabilizar a moeda.
Isso torna títulos pós-fixados, como Tesouro Selic ou CDB, mais atrativos, pois acompanham diretamente os juros. Já títulos prefixados sofrem: se a Selic subir para segurar o câmbio, o valor dos antigos títulos cai, já que pagam juros fixos baixos num cenário de alta nos juros futuros.
Estratégia: como equilibrar sua carteira
- Inclua ações de exportadoras para lucrar com um real fraco.
- Prefira renda fixa pós-fixada em momentos de instabilidade cambial.
- Proteja-se com fundos cambiais ou parte do patrimônio em dólares, reduzindo a correlação com o real.
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