O capital dos gringos está de volta à bolsa brasileira. Em maio de 2025, o Ibovespa acumulou uma valorização de 13,92%, impulsionada principalmente pelo retorno dos investidores estrangeiros.
Mesmo que no mês de abril tenha registrado um saldo negativo de R$ 133,6 milhões em fluxo de capital, maio reverteu essa tendência. Segundo a Quantum Finance, a bolsa brasileira atraiu R$ 10,6 bilhões em capital estrangeiro (incluindo IPOs e follow-ons), renovando o melhor resultado mensal do ano, que antes pertencia a janeiro (R$ 6,8 bilhões).
“Com essa entrada em maio, o saldo acumulado de investimento estrangeiro no ano subiu para R$ 21,5 bilhões positivos, um aumento significativo em comparação aos R$ 10,8 bilhões registrados anteriormente”, ressalta a Quantum.
O desempenho das ações em maio
O Acionista divulga mensalmente o desempenho dos fundos de ações em uma parceria exclusiva com a Quantum Finance. Os dados consideram maio e retroativamente seis, 12, 24 e 36 meses. O relatório é formado por cinco categorias de fundos: Ações e dividendos; Ações Livres; Ações Small Caps; Ações Sustentabilidade/Governança e Ações Valor/Crescimento.
É importante saber que a indústria de fundos é dinâmica e por isso a Quantum alerta que os dados são das quantidades de fundos em funcionamento normal, com o histórico dos períodos indicados. Soma-se a isso que também é importante ter ciência que a rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, o ideal é analisar no mínimo os últimos 12 meses de cada fundo.
Fundos de Dividendos
O número de fundos disponíveis em maio permaneceu em 61. O retorno do mês foi positivo em 2,29%, abaixo dos 4,59% de abril; entretanto nos últimos 36 meses o retorno foi de 27,62%.
Os dividendos pagos pelas empresas da carteira ficam a cargo do gestor nesta modalidade. É ele que determina como vai fazer novos investimentos com o valor. Essa prática pode ser avaliada como uma desvantagem para o investidor.
Fundos de Ações Livres
A modalidade subiu de 1901 fundos em abril para 1911 em maio. O retorno no mês foi de 5,03%. No entanto, nos últimos 36 meses, o retorno do investidor foi de 43,99%, o maior retorno do período entre todos os fundos.
Esses fundos são conhecidos como FIAs (Fundos de Ações), são modelos em que os gestores investem o patrimônio do fundo majoritariamente em ações. O principal fator de risco é a variação dos preços de ações, admitidas à negociação em mercados organizados, que compõem sua carteira de ativos.
Fundos Small Caps
Os fundos das Small Caps tiveram retorno positivo em maio: 3,58%. Em 12 meses o investidor teve retorno de 3,56%, em 24 meses, esse retorno foi de 4,20%. Nos últimos 3 anos o retorno ficou em 2,85%.
Neste tipo de fundo, o gestor investe nas empresas de baixa capitalização da Bolsa de Valores, com valor de mercado entre R$ 1 bilhão e R$ 5 bilhões. Ele busca desse fundo empresas que possuem valor intrínseco, mas que ainda não foram reconhecidas pelo mercado.
Fundos de Sustentabilidade/Governança
Em maio, o investidor teve retorno de 3,80%. Em 24 meses, o retorno foi positivo em 9,24%, mas em 36 meses, -3,85%. Único retorno negativo de maio entre as cinco categorias para 3 anos.
Esse grupo de fundos precisa apresentar uma política de investimento 100% sustentável, levando o sufixo “IS”. Conforme a Anbima, “podem ser reconhecidos os fundos que integram aspectos ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês) em seu processo de gestão, mas não têm o investimento sustentável como objetivo principal.
Eles não podem usar o sufixo IS, mas têm uma diferenciação dos demais: podem utilizar a frase com o conteúdo “esse fundo integra questões ASG em sua gestão” nos materiais de venda voltados aos investidores”.
Fundos de Ações Valor/Crescimento
Em maio foram 107 fundos, mesmo número do mês anterior, com retorno de 4,37%; nos últimos 6 meses, foi de 7,68%. O retorno para o investidor em três anos ficou em 24,22%.
Segundo a Anbima, neste tipo de fundos, os gestores buscam retorno através de uma estratégia de seleção de empresas entre o “preço justo” estimado (estratégia de valor) e/ou aquelas com a chance de crescer no futuro (estratégia de crescimento).
Um bom mês
Maio manteve a recuperação de abril. Todos os fundos fecharam com retorno positivo em maio. Os fundos de Ações Livres foram os que mais se valorizaram no mês, com retorno positivo de 5,03%.
Número de fundos disponíveis
Classificação Anbima (fundos) | Fundos no mês | Fundos nos últimos 6 meses | Fundos nos últimos 12 meses | Fundos nos últimos 24 meses | Fundos nos últimos 36 meses |
Ações Dividendos | 61 | 60 | 58 | 52 | 50 |
Ações Livres | 1911 | 1847 | 1778 | 1591 | 1426 |
Ações Small Caps | 53 | 52 | 51 | 43 | 42 |
Ações Sustentabilidade/Governança | 2 | 2 | 1 | 1 | 1 |
Ações Valor/Crescimento | 107 | 107 | 105 | 103 | 101 |
Rentabilidade
Classificação Anbima (fundos) | Retorno no mês | Retorno nos últimos 6 meses | Retorno nos últimos 12 meses | Retorno nos últimos 24 meses | Retorno nos últimos 36 meses |
Ações Small Caps | 3,58% | 3,09% | 3,56% | 4,20% | 2,85% |
Ações Valor/Crescimento | 4,37% | 7,68% | 11,70% | 21,72% | 24,22% |
Ações Livres | 5,03% | 9,10% | 16,00% | 36,27% | 43,99% |
Ações Sustentabilidade/Governança | 3,80% | 9,34% | 310,95% | 9,24% | -3,85% |
Ações Dividendos | 2,29% | 5,69% | 11,83% | 25,75% | 27,62% |
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