O que estamos vendo hoje lembra muito outras fases da história: a bolha das “dotcoms” no final dos anos 90, o mercado imobiliário antes de 2008 e até mesmo a euforia das criptomoedas em 2021. Todos esses ciclos tinham em comum a mesma crença: que o “novo paradigma” justificaria múltiplos infinitos. Mas no fim, a gravidade do mercado sempre volta a se impor.
A psicologia que move os preços
Enquanto os investidores perseguem narrativas de inteligência artificial e cortes de juros, esquecem que preços são, antes de tudo, reflexos de expectativas. Quando a expectativa se descola demais da realidade, o ajuste costuma ser doloroso. O investidor experiente sabe que nesses momentos não se trata de “acertar o topo”, mas sim de entender a assimetria risco-retorno.
Onde se escondem as oportunidades?
Paradoxalmente, períodos de exuberância irracional também criam os melhores pontos de entrada. Empresas negligenciadas, setores fora do hype e até ativos defensivos passam despercebidos, justamente quando oferecem maior margem de segurança. É aqui que mora a diferença entre seguir a manada e pensar de forma estratégica.
Gestão ativa e disciplina
Mais importante que prever a data exata de uma correção é ter um portfólio que resista a ela. Alocar parte em títulos do Tesouro com bom rendimento, explorar opções de proteção e buscar empresas com múltiplos ainda razoáveis são escolhas que permitem atravessar a tempestade sem abdicar totalmente do potencial de retorno.
Oportunidade disfarçada
O investidor que olha além das manchetes percebe que momentos como o atual não pedem otimismo cego, mas sim disciplina e sofisticação. Quando todos acreditam que “desta vez é diferente”, talvez seja a hora de revisitar os princípios básicos de valuation.
Afinal, como diria Buffett, o mercado no curto prazo é uma máquina de votação — mas no longo prazo, continua sendo uma balança.